quarta-feira, 10 de junho de 2009

"Piaf" em Angra #2

"Piaf" em Angra #1


Filipe La Féria estreia "Piaf'" em Angra do Heroísmo


O encenador Filipe La Féria justificou hoje a estreia nacional da peça ‘Piaf’ em Angra do Heroísmo pela fidelidade do público açoriano, mas também porque foi nos Açores que morreu Marcel Cerdan, a grande paixão da cantora.
O encenador Filipe La Féria justificou hoje a estreia nacional da peça ‘Piaf’ em Angra do Heroísmo pela fidelidade do público açoriano, mas também porque foi nos Açores que morreu Marcel Cerdan, a grande paixão da cantora.
O francês Marcel Cerdan, campeão mundial de boxe, morreu no acidente com um avião da Air France que se despenhou no Pico Alto, ilha de S. Miguel, a 28 de Outubro de 1949, quando fazia a ligação entre Paris e Nova Iorque.
A estreia da peça ‘Piaf’ no arquipélago dos Açores pretende também ser uma forma do encenador agradecer ao público de Angra do Heroísmo, «que sempre correspondeu às expectativas».
«Muitos deslocam-se a Lisboa para ver os meus espectáculos», afirmou Filipe La Féria, em declarações à Lusa, acrescentando que, «como nem todos têm essa possibilidade, é preciso descentralizar para fora de Lisboa e trazer as peças até eles».
A cidade de Angra do Heroísmo está, por isso, a preparar-se para receber esta peça, mas também artistas como Rui de Carvalho, Lurdes Norberto ou Joaquim Monchique.
As filas para a aquisição de bilhetes para os sete espectáculos que vão ter lugar até 10 de Maio no Teatro Angrense têm sido bastante grandes, o que leva a organização a admitir que possam esgotar.
Filipe La Féria sublinhou «a beleza do espectáculo e do texto, que é forte e até violento», salientando que «Piaf era uma prostituta, que transportou o sentido trágico da vida e a canção da rua para junto dos intelectuais, das elites e do coração da Europa».
O encenador lembrou ainda que «grandes cantores do século XX, como Charles Aznavour, foram lançados por Piaf».
La Feria assegurou que o espectáculo sobre a cantora francesa, que nasceu pobre nas ruas de Belleville, com dois polícias a servirem de parteiros, «é comovente e tem interpretações de sonho».
É nisso que aposta José Toste, funcionário público, que afirmou à Lusa pretender «ver o melhor que se faz no país, sem ter que ir (a Lisboa)», frisando que este tipo de iniciativas permite uma «aproximação aos grandes centros».
Para o técnico de farmácia Hélder Sousa, que já se deslocou a Lisboa para ver peças de teatro e de revista, estreias como a da ‘Piaf’ permitem «quebrar o isolamento», além de «dignificar Angra do Heroísmo».
A peça de Filipe La Féria integra o programa do XI Festival de Teatro de Angra do Heroísmo, a decorrer desde 26 de Março até 12 de Maio, apresentando 9 peças em 17 espectáculos.

inLusa